Aos prazos, lanço projetos
às verbas, olhares tristonhos
ao tempo, lanço dejetos
e de bolsas, vivo meus sonhos
Ao governo, peço uns trocados
e o governo, me dá meios trocados
mas de imposto sou isento, e isso não muda
também coitado, não trabalha, só estuda...
E se vão décadas de estudo
teorias mirabolantes
filosofias sobre tudo
mas sempre volto aos instantes
onde o prazo se finda
a verba se acaba
o tempo devora
e a bolsa, evapora
bem que mamãe me falava: "menino, vai procurar um emprego".
...acho que vou virar funcionário público...
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