Continuando meu exercício de não meramente dar parabéns, mas tentar enxergar qual o papel de meus pais em minha vida, agora gostaria de discorrer um pouco sobre meu querido pai.
Durante minhas auto-avaliações, comecei a enxergar uma certa dualidade existente entre pai e mãe, algo meio yin e yang. Como descrevi na postagem do dia das mães (http://fulerabrasil.blogspot.com.br/2014/05/dia-dia-das-maes.html), a relação com minha mãe seria a yin, algo mais interno, quase subconsciente, e com meu pai yang, meio que externa. Mas, externa como?
Em meus devaneios cósmicos, vislumbrei papai como um direcionador de fluxos, um ser que de forma alguma precisa romper abruptamente projeções ou impulsões no éter universal, mas que consegue com uma certa suavidade, me redirecionar para melhores percursos. Claro que isso não ocorre em sua plenitude, graças às minhas solavancadas repentinas, mas no geral, vejo que muito do que meu velho faz e fala durante minha vida, vem sendo fatalmente adsorvido e replicado. Por sorte tenho um ótimo pai: reto éticamente, bondoso como humano e ótimo raciocinador, o que vem facilitando com que eu trace um caminho muito agradável.
E o mais interessante é me descobrir naquele lugar comum onde enxergamos de forma mais clara quão "falíveis" e semelhantes a nós são nossos pais (e mães), e enxergar neles verdadeiros heróis, por não fazer menor ideia de como trilhar uma vida que nem sempre é fácil com tanto sucesso. Mas, independente do que me espera, permaneço tranquilo, pois de um jeito ou de outro sempre terei um ótimo companheiro para seguir junto por esse vidão.
Grande abraço pai!