16/04/2010

Encontros secretos

Do discreto odor que teu olhar emana,
que me enrijece sonhos, quando encaro a ti
Do timbre excitante, dos lábios lascivos
que abrem e fecham para meu prazer
Dos cabelos longos, guardiões de tua nuca
algozes cruéis do meu ímpeto vampírico
Tu, nêmesis nefasta,
que me condenas ao eterno desejo
carnal, visceral,
desejo
Tu, que só encostas em minha jaula
desaparece de meus sonhos, ao fechar da porta
me entorpece, excita, castiga,
e num ensejo
me sela a boca, venda os olhos
matando aos poucos, cerrando a sorte
com o suave veneno, que reaje tão forte
na intensa morte,
que me causa teu beijo

Um comentário: