31/01/2011

O inferno e o Metal

O inferno - Imaginem um lugar com 10 pessoas por metro quadrado, sendo metade uns brucutus com o desodorante vencido desde a noite passada. Agora imaginem que esse lugar é TOTALMENTE fechado, com o ar-condicionado de brinquedo e duzentas pessoas fumando. Bar de brega dos Congós? Dimpus em Santana? Não!! Bem vindo ao novo point da cena metal e rock amapaense, a boate Proibidus (que nas horas vagas é boate de strip GLSTBYMCA).

O metal - Nesse lugar infernal, aconteceu no último sábado (29/01) o show da banda Anubis, de Belém, com a participação das locais Anonymous Hate e Carnyvalle. Bom, quem começou os trabalhos foi a Carnyvalle, é o 3º show que eu vejo dos caras, e vejo que eles estão melhorando, mas ainda tá faltando. O vocalista perto do final já tava ca voz sumindo e às vezes a guitarra parecia não conversar muito bem com bateria, mas eu gosto das composições dos caras e eles tem uma postura de palco que anima pra dar porrada nas rodas. Aposto que já já só terei coisa boa pra falar desses porras. Segunda banda foram os caras da Anubis, eu nunca tinha sacado a banda, mas agora deu vontade de conhecer a cena no Pará viu, os bichos manda muito bem. Valendo ressaltar a dupla de guitarristas que mandava bem pracaralho, a bateria muito bem encaixada e o fôlego do vocalista em meio ao mormaço assassino que se formou durante o show da Carnyvalle, eu já teria morrido se fosse ele. Pra finalizar, foi a Anonymous Hate. Eu confesso que fiquei preocupado com a recepção do público depois de terem visto e ensurdecido com o show que a Anubis fez, mas apesar do cansaço inicial da galera, rapidinho eles mostraram pra que vieram e tava todo mundo "bangueando". Eu já tinha ouvido o Promo Cd (ou EP, sei lá) dos caras e confesso que fui pro show dessa noite pra ouvi-los. Eu curto pracaralho thrash e já tinha me acabado no show da Anubis, com direito até a falta de ar depois de ter ficado 10s na roda (tou ficando velho), mas o death(/grind) metal desses bichos não é brincadeira, acho que tecnicamente aqui no Amapá eles estão na elite da elite, peso de qualidade mesmo. Vocal fuderoso com o Vitor, acho que surpreendeu todo mundo que foi ali só pra ver qual que era, o Ateu fez valer  e tocou muito e incessantemente bem a batera e o peso das guitarras, sem comentários. Mesmo morrendo eu tive que bater cabeça presses caras, eles merecem.

O Inferno e o Metal - Bom, pra finalizar acho que o show foi muito bom. Aliás, fazem falta festas de puro metal aqui, sempre tem público e o povo que organiza se garante. Mesmo sendo 10 pau, preço incomum pra galera de Macapá, os metaleiros e afins pagaram pra ver sem reclamar, e aposto que não se arrependeram. Parabéns para o Jeff, que articulou essa história toda e botou pras bandas tocarem um som de muita qualidade, coisa rara por aqui. Só é foda ter show na porra da Proibidus, o lugar não tem estrutura pra tanta gente, a banda fica parecendo cover dos Beatles (naqueles palquinhos onde o batera fica no alto), os funcionários todos enrolados e o calor insuportável. Fora o jogo de luz dos Embalos de Sábado a Noite que cegava todo mundo que queria ver o show. Sei dos motivos todos pra a parada rolar lá, mas ficaria muito feliz se desse pra encontrar outro lugar. Juro que vou começar a procurar!

De resto, agora é incomodar os vizinhos com barulheira até rolar a próxima. Ducaralho!!

3 comentários:

  1. Muito massa essa resenha curti muito e dei altas risadas rsrsrs!!!:) abraço graci

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  2. kkkkkkkkkkkkkk. Vc é uma figuraaaa mesmo. Gostei. Abraços!

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  3. e o que tu tem contra o congós???? ahhhh Nórdico Nordestino da peste!
    Fora isso adorei o texto! ri muito!!

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