17/05/2010

Não mexam com a institucionalidade das coisas...

Um dia o homem chegou
cheio de grana na cidade
abriu comércio, fez amizade
virou prefeito, fez caridade
e todo mundo aceitou
o império sugerido
pelo homem de integridade
pra melhoria da cidade

Depois de anos de dominio
Quando virou um quase-rei
Voltando duma viagem
Saiu do carro, acenou
E feliz abraçou,
seu amante guêi.

Todos sorriam,
amarelados
Suavam frio
pelo grave caso
Mas como era o rei
causador do acaso
eles logo abraçaram
quem estava do lado

Um tempo depois,
depois do instaurado
voltou para o reino
um pobre coitado
que foi tentar a sorte lá fora
e voltou todo lascado

Sua mãe virou pai
O pai, avó
A tia, sobrinho
E o papagaio,
curió

E ele que não se virou
nem lá fora, nem cá
Foi condenado a morte
e no estopim da confusão
com a presença do rei
esbarrou no tal amante
na região bagulhar
e por incrivel que pareça
fez as bola arriar
e o tal amante guêi
era uma morena de matar

Todo mundo ficou possesso
e pra tudo acabar
mataram o rei e a morena
e mataram o pobre coitado
só pra ele aprender
que viadagem institucional
queimação prêt-à-porter
depois que o povo acostuma
quem chega de fora e quer se meter
nada mais merece,
o bem merecido morrer

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